Nélia Carvalho – Dona Cora




Ela começou no grupo de teatro amador Amadeu, na década de 1970, com 10 anos: “Minha irmã era da UFBA e levava muitos atores pra nossa casa, então eu vivia em meio a isso”. Nélia passou a atuar em espetáculos infantis e, em 1980, ganhou o prêmio de Melhor Atriz Martins Gonçalves com o espetáculo Pafúncia, do grupo Rataplam. Em 1981 estrelou Tomate, Pimentão e Cia, outro espetáculo infantil que lhe rendeu novamente o prêmio de Melhor Atriz. Em 1982, viajou o Brasil com a peça adulta Língua de Fogo, de Luiz Marfuz. Em 1983, entrou no curso livre de teatro do TCA e no ano seguinte fez Decameron, onde ficou nua pela primeira vez nos palcos. Em 1984, produziu e estrelou o monólogo Meu Nome É Gal, com direção de Fernando Guerreiro, que lhe rendeu novo prêmio de Melhor Atriz Martins Gonçalves. A carreira de atriz de teatro já estava consolidada quando atuou em Policarpo Quaresma, espetáculo que ganhou os prêmios Braskem de Melhor Espetáculo, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Direção e Cenário.

Seu começo no cinema foi através de curtas-metragens, alguns de Antônio Moreno. Conheceu Edgard Navarro aos 13 anos, ainda na escola de teatro, mas a aproximação com o cineasta deu-se mesmo em 1997. “Digo que Eu Me Lembro foi minha verdadeira estreia no cinema. A Maria Maluca foi um presente porque os loucos de Edgard são as melhores coisas dele. Um personagem maluco, vindo dele, é sempre um presente pro ator. Fiz uma personagem de pouca aparição, mas de muita força no filme, o que me abriu diversas portas”.

Logo depois Nélia foi convidada para atuar em O Jardim das Folhas Sagradas, de Pola Ribeiro; Salvador Rodavlas, de Geovani Almeida; Trapolim do Forte, de João Rodrigo Mattos. “Eu Me Lembro me mostrou o cinema como mais uma porta de trabalho. Embora o cinema baiano ainda não tenha uma história consolidada, do ponto de vista financeiro, posso me deixar levar pelo cinema”.

Sobre sua personagem em ‘OHQND’, confessa: “Vejo Dona Cora com um ingrediente muito importante: o equilíbrio. Quando ela fala pra Madalena que os externos não são importantes ou quando consegue dizer pro Padre Lucas o que estava vendo, significa que tem o discernimento de dizer apenas o que o outro está pronto para ouvir. Dona Cora é uma visionária, uma intuitiva. Compus essa personagem com base na minha própria história e ancestralidade. E confio muito na direção do Edgard, por isso me deixo levar”.

2 comentários:

Celso Aguiar disse...

Edgard, meu fio. Estou voltando do trabalho de bicicleta ontem e pensei em voce (sobre como podia ligar pra voce neste proximo dia 12 de outubro). 10 minutos depois chego em casa e tem uma mensagem sua na secretaria eletronica. Yo no creo en brujas pero que las ay las ay.
Caramba, te ligo neste fim-de-semana.

Carla disse...

Olá, boa tarde.
gostaria de adquirir o contato de Nélia Carvalho.
Estudo o teatro amador, especialmente o Grupo Amador Amadeu, do qual ela fez parte.
Qualque informação, me enviem por e-mail, por favor:
carlacecirf@yahoo.com.br